quinta-feira, 3 de abril de 2014

LUÍZA...

Onze meses depois, tentarei transformar o amor em palavras. Então o que era nublado se fez dia e o que era triste se fez belo... Tentarei colocar em palavras aquilo que o fraco coração esta sentindo. Corredor de um hospital, meu filho em lágrimas me pedindo fortaleza e eu tão pequenina e frágil mais uma vez tendo que me transformar em um Golias... O que tinha para oferecer a ele era aquele abraço que somente as mães sabem dar. Quando a enfermeira entrou com um pacotinho e falou – Filha da Juliana... Meus pés saíram do chão, meu coração teimou em pulsar fora do meu corpo e minha fortaleza se esvaiu ao olhar para Luíza... Vi meu filho nos braços da enfermeira como nunca havia visto antes, mas era ele! A carinha dele, os olhos dele, a boca dele, era ele em forma de Luíza... Ter um filho é ver seu coração pulsando fora do corpo, mas ter um neto e ver o coração do seu coração exposto. Não existe sentimento igualável! Era meu filho que acabava de nascer de uma outra mulher. Era meu, sem ser de fato meu... Quando eu peguei Luíza nos braços e falei para ela – Borboletinha, eu sou a sua vôinha. Ela sorriu para mim, e naquele momento eu soube que serei escrava desse amor para todo o sempre... Eu sou dela, eternamente dela! Queria ter o dom das palavras para expressar de fato tudo o que estou sentindo, mas nesse momento as lágrimas nublam meus olhos... Borboletinha, sua vôinha esta aqui para você, sempre e para sempre... Te amo.

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